João Pessoa, 11 de maio de 2025
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Vereador critica estudo técnico que determina aumento da passagem na Capital
03.03.2022
Redação

“Não deveríamos entregar toda a concessão de transporte coletivo ao ente privado”. Essa declaração pontuou o pronunciamento do vereador Junio Leandro (PDT) sobre o aumento das tarifas dos ônibus na Capital paraibana aprovado na sexta-feira, 25, com vigência a partir do sábado, 26. O vereador usou a tribuna da Câmara Municipal de João Pessoa (CMJP) na sessão ordinária híbrida desta quinta-feira (3).

“A Câmara não pode fugir das prerrogativas que lhe competem. Acabei de protocolar a realização de uma audiência pública para debater este tema com a população. Só havia espaço na agenda para ao dia 20 de abril. Esta data vai ficar muito à frente para debater um assunto tão importante e que é ordem do momento. Então proponho que todos subscrevamos essa solicitação de audiência para tentarmos antecipar essa discussão com representantes do Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Passageiros no Município de João Pessoa (Sintur-JP), os membros do Conselho Tarifário de João Pessoa e a população”, relatou o vereador.

Junio Leandro também comparou a tarifa de João Pessoa com as de outras capitais do Nordeste. “Não entendo que estudo técnico é realizado para chegar neste aumento de R$ 4,40, em nossa cidade, enquanto em Fortaleza tem distâncias muito maiores e a tarifa é de R$ 3,90. Será que o óleo diesel aqui está tão mais caro que nas outras capitais nordestinas que estão com as tarifas mais baratas que a nossa?”, enfatizou.

Para o vereador, a decisão sobre o aumento das passagens é muito séria e grave porque afeta a vida de milhares de passageiros e fica a cargo de uma dúzia de pessoas que compõem o Conselho Tarifário. “Não deveríamos entregar toda concessão de transporte coletivo ao ente privado. Não podemos rejeitar nenhuma responsabilidade em representar o povo de nossa cidade. É inadmissível aceitar esse aumento e ficar calado. Será que só os empresários passaram por problemas nesta pandemia e será que o povo não passou?”, questionou.

De acordo com Junio Leandro, os preços da tarifa poderiam ser mantidos já que as empresas receberam isenção de impostos para melhorias dos serviços que não foram entregues à população. Ele ainda abordou a jornada de trabalho dos motoristas dos coletivos, destacando que é procurado por diversos condutores que denunciam a forma como são tratados. “São pais de família que saem de casa às 5h da manhã, trabalham até que o fluxo do tráfego baixe. Então, ficam à espera até que o fluxo aumente novamente. Eles chegam em casa depois de meia noite, tendo que voltar a trabalhar às 5h da manhã seguinte. Isto é um absurdo. Sem falar que estão com dupla função, ao guiar os veículos e passarem o troco ao mesmo tempo, praticamente”, ressaltou.

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