Milanez Neto (PV) também repudiou discursos xenofóbicos proferidos em relação aos nordestinos
Diante do resultado da disputa eleitoral para a Presidência do Brasil que elegeu o candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT), no último dia 30, o vereador Milanez Neto (PV) subiu à tribuna da Câmara Municipal de João Pessoa (CMJP) para pedir a unificação da população. “Aquele homem [Lula], depois de tudo o que passou, nos ensinou a sermos mais humildes. No último domingo, subiu num caminhão na Avenida Paulista, em São Paulo, com a humildade de convidar o Brasil a se unificar”, ressaltou.
O parlamentar também se prontificou a comprovar que o candidato eleito não afrontará a família, nem fechará as igrejas: “O país precisa ser unificado, mas precisa entender que a instituição da família e a religião não são de um lado ou do outro. A liberdade não é apenas de uns e de outros. […] Quem não lembra que o movimento de Lula surgiu dentro da igreja católica e que ele defendeu e instituiu a liberdade às pessoas?”.
“Não me satisfaço em dar uma educação de qualidade ao meu filho enquanto tantos outros não têm. Não me sinto bem em sentar à mesa, me fartar de carne e saber que há pessoas que não têm nada para comer”, disse. Milanez afirmou acreditar que acontecerá a diminuição da desigualdade social e que a presidência do país será exercida pensando em todos os brasileiros.
Ele ainda comentou sobre os ataques xenofóbicos que a população nordestina tem recebido pela votação expressiva a favor de Lula: “Não aceitarei que ninguém faça qualquer tipo de comentário que diminua o nordeste, que é grande, valente, que levou um brasileiro nordestino à Presidência da República”. O vereador também aproveitou para homenagear a ex-presidente Dilma Rousseff: “Não podemos esquecer essa brasileira corajosa, altiva, decente, que deixou a presidência sendo ridicularizada, mas que foi ovacionada na Avenida Paulista, na noite do último domingo. Essa mulher, como Lula, pagou um preço caro. A Dilma e Lula, fica a esperança de um Brasil melhor”.
A vereadora Cris Furtado (PSB) salientou: “Como mulher, me senti muito representada com a fala da presidenta Dilma. Não tenho dúvidas de que, se fosse um homem, não se teria feito o impeachment. Fico feliz também por saber que a diversidade vai ser respeitada, porque é isso que nós queremos. Não tenho dúvida de que a partir de agora vai se incumbir a cada um de nós, que tem lugar de fala, de lutar pela pacificação e união do nosso país, para elevar esse país ao protagonismo que um dia já foi dele”.
A parlamentar Fabíola Rezende (PSB) também enfatizou: “Não podemos, como nordestinos, aceitar o que está vindo de xenofobia”. Ela também falou que a participação das mulheres foi enaltecida nas campanhas de Lula e do governador reeleito João Azevedo (PSB).
Marcos Henriques (PT) asseverou que a desigualdade social precisa urgentemente de uma política e que a xenofobia é lamentável: “O poder público, as pessoas, têm que se pronunciar contra isso. É crime. A paz neste momento é o que todos nós queremos. Não vai ser todo mundo que terá esse pensamento, mas que se faça uma oposição respeitosa”. Já Carlão (PL) lembrou que a esquerda também precisa dosar suas palavras e reforçou: “Estamos aqui para fazer oposição, para defender ideias, mas, acima de tudo, está esse respeito”. E pediu: “Tem que ter equilíbrio para termos empregador e empregado crescendo juntos”.
Rinaldo Maranhão (SD) reforçou que o debate é necessário, mas precisa ser qualificado, com pacificação, engrandecendo a Câmara de João Pessoa.
“Saibamos ganhar e perder, mas que nunca percamos a essência da democracia”, concluiu o vereador Milanez Neto.