O vereador Carlão (Patriota) defendeu o direito de decisão dos pais e mães sobre a vacinação dos filhos contra a Covid-19. O pronunciamento ocorreu durante a sessão desta terça-feira (22), da Câmara Municipal de João Pessoa (CMJP). Ele afirmou que o Estado não pode decidir o que acontece dentro do núcleo familiar.
“Será que eu não posso pensar o que é bom para a minha casa? Pensar o que é bom para minha família? Será que eu não posso debater com minha esposa o que eu vou fazer diante dessa discussão se vacino ou não meus filhos? Penso que sim. Você pai, você mãe é que tem que decidir o que é melhor pra sua casa e para sua família, porque o Estado não é esse poço de bondade, não”, afirmou o vereador, destacando que o Estado por vezes extrapola direitos e se utiliza de leis inconstitucionais e imorais para se fortalecer e enriquecer.
Carlão lembrou ainda que as crianças são as menos afetadas pela doença. “Essa pandemia assassina que está aí é a mesma pandemia que quando morriam 5 mil pessoas por dia de maneira trágica, por uma benção divina as crianças eram as menos atingidas. É real, até pouco tempo seu filho não podia tomar vacina, porque essa doença, por um milagre, não atingiu as crianças. E, por não atingir as crianças, elas não precisavam ser imunizadas”, lembrou o parlamentar.
O parlamentar reconhece a importância da vacina nesta pandemia, mas enfatizou que não foi o único meio que salvou vidas, segundo Carlão. “A vacina veio como uma maneira de salvar as pessoas, mas não posso dizer que só a vacina salvou. A imunidade natural, que centros de pesquisa no mundo inteiro falam, salvou vidas. A imunidade natural sempre salvou vidas durante todas as pandemias do mundo”, declarou o vereador.
“Vacina sim, salvou vidas, é benéfica. Quem quiser tomar a vacina, toma. Quem entender que vai esperar o relatório da própria vacina sair pra saber se é bom ou ruim pra ele, espere, que depois toma. Querem comparar essa vacina criada em dois meses com a vacina da caxumba ou do sarampo, que salvaram vidas, mas que passaram por dez anos, cinco anos de estudos. Se eu penso assim sou negacionista?”, indagou o parlamentar, enfatizando que é a favor da vida em qualquer circunstância e que é contra o passaporte sanitário.