Fabíola Rezende (PSB) comentou em pronunciamento que se preocupa com vidas, não importa quais sejam
A vereadora Fabíola Rezende (PSB) usou seu pronunciamento, na manhã desta quinta-feira (23), na Câmara Municipal de João Pessoa (CMJP), para destacar a importância da realização de ações sociais de combate à fome na Capital. A parlamentar ainda convidou seus pares a participar de ações sociais que realiza.
Fabíola Rezende afirmou que promove ações sociais à noite de entrega de marmitas e de itens de higiene no Centro de João Pessoa. “Quero ver qualquer um sair do seu bem-estar, sair do ar-condicionado, da sua TV, pra ir na cracolândia, na Lagoa, no Mercado Central, independente de igreja, ir como pessoa pública. Pegar do bolso, fazer marmitas e vir aqui entregar. Me preocupo com vidas, não importa quais sejam. A pior dor é a que o presidente atual está tentando matar: a fome. É muito bom estar em casa comendo nossa comida sem se preocupar com o próximo que está na rua”, afirmou a vereadora, destacando que a preocupação com o povo e deve acontecer em todas as épocas.
A parlamentar destacou que há tempos realiza as ações sociais junto com sua família antes mesmo de se tornar vereadora. “Não tenho medo de entrar em comunidade, porque aquelas pessoas são iguais a mim. Vim do pó e ao pó voltarei, independente de estar em um cargo público ou ser uma pessoa pública. Antes de ser uma pessoa pública, sou humana e me preocupo com a vida, com o próximo”, afirmou Fabíola Rezende, convidando Eliza Virgínia e os vereadores para irem uma madrugada juntos com ela distribuírem marmitas no Mercado Central.
A vereadora lamentou ainda o debate que a antecedeu sobre o silêncio do presidente Lula em visita à Paraíba, na última quarta-feira (22). “Olha a importância da voz do presidente da República. Vamos nos preocupar com outra coisa, em fazer projetos de lei para ajudar o povo. Um absurdo! Vamos nos preocupar com políticas públicas para pessoas com autismo, pessoas com deficiência, para os animais; em ações sociais que a gente precisa. Aí a gente encontra vereadores preocupados porque Lula não abriu a boca. Ninguém pode adoecer da garganta não?”, questionou.
Apartes
Eliza Virgínia destacou que todos os vereadores têm trabalhos sociais. “Não preciso estar anunciando em tribuna o que faço ou deixo de fazer. Fome existe desde que o mundo existe, assim como os trabalhos sociais. Inclusive o seu governo Lula não acabou com a fome e passou quase 16 anos no poder. O presidente ficou mudo e calado com medo, sim. Depois que foi dizer que estava com probleminha de garganta. Mas lá em Pernambuco estava falando com as melancias e jerimuns. Foi medo da besteira que disse”, afirmou a parlamentar.
“A senhora é humanista e é o que difere a senhora de muita gente, a questão da humanidade, da mensagem que Jesus deixou para nós de poder dar de comer a quem tem fome, isso é muito importante”, afirmou Marcos Henriques (PT), criticando ainda igrejas que divulgam que Lula vai implantar o comunismo no Brasil. “Pura desinformação”, complementou.
O vereador Carlão afirmou que as cracolândias estão avançando no Centro, nos Bancários e nas praias de Tambaú. “Já venho alertando há muito tempo. A entrega de alimentos é uma ação altruísta e necessária. Fiz e faço silenciosamente. Mas uma coisa é certa: se tem gente na rua é porque precisa de ajuda. E quando a gente espera a vinda de um presidente da República para anunciar melhorias, como fez Bolsonaro, quando disse que ia ajudar comunidades terapêuticas, a ausência da fala é porque nada fez”, afirmou Carlão, acrescentando que o governo Bolsonaro investiu em comunidades terapêuticas dando recursos para as pessoas internadas a fim de tirar os jovens das drogas e promover dignidade.