O vereador Renato Martins (Avante) ainda sugeriu a implantação de uma Bolsa Reciclagem para os agentes de coleta seletiva da cidade
Em seu primeiro discurso, na Câmara Municipal de João Pessoa (CMJP), o vereador Renato Martins (Avante) solicitou empenho dos pares na criação do Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração (PCCR) dos servidores da Autarquia Especial Municipal de Limpeza Urbana (Emlur). Na sessão ordinária desta quinta-feira (24), o vereador ainda sugeriu a implantação de uma Bolsa Reciclagem para os agentes de coleta seletiva da cidade.
“Ontem eu estive na Emlur e conversei com alguns colegas. Precisamos discutir uma questão muito séria. Lá, existe um quadro de servidores na condição de estatutários, mas, na prática, não o são. Na década de 90, foi criado um quadro especial e todos foram enquadrados como agentes de limpeza. Com o passar do tempo, esses servidores estão caminhando para se aposentar e, claro que o que aconteceu na década de 90 vai impactar agora”, relatou.
Renato Martins ressaltou que nesse meio tempo muitos desses servidores já estão trabalhando em outras funções, como psicólogo, enfermeiros, técnicos administrativos, assistentes sociais e engenheiros. “É preciso que se pense em um PCCR para os trabalhadores da Emlur, com urgência. Se esta Casa fizer isto, estará fazendo justiça, estará fazendo um reconhecimento àqueles profissionais. Muitos deles correm 14 quilômetros em veículo compactador, pegando nossos dejetos. Não podemos virar as costas para eles”, asseverou.
De acordo com o vereador, com a chegada da aposentadoria, muitos desse servidores, que não tiveram a ascensão profissional registrada, poderão vir a ganhar menos do que os agentes de limpeza (garis). Ele se prontificou a lutar por essa regulamentação nos dois meses de mandato que lhe restam.
Outro assunto tratado pelo parlamentar foi a implementação da sistematização da Coleta Seletiva, que, segundo ele, vai poupar dinheiro da Gestão Municipal ao diminuir os dejetos recolhidos pela empresa terceirizada e pelo aterro sanitário. “Se tudo o que for seco for retirado do caminhão compactador, estaremos poupando dinheiro, além de ser uma questão ambiental. Se esse resíduo seco não entrar no compactador, não entra na nota fiscal da terceirizada e nem do aterro. Esse dinheiro que foi poupado poderá ser repassado ao agente catador, ao reciclador. Podemos ter mais renda, que ajudará os recicladores que se comprometerem a, de maneira sistematizada, realizar a coleta seletiva de determinada região. Através dessa coleta sistematizada na região, haverá a criação de uma Bolsa de Reciclagem”, explicou o vereador, lembrando que criou o programa ‘Acordo Verde’.
“O Acordo Verde, que foi o maior programa de coleta seletiva desta cidade, fui eu que criei. Ele chegou a ser implantado em parte de Mangabeira e Bancários. Depois, essa iniciativa foi zerada na gestão seguinte”, enfatizou.
Em aparte, os vereadores Chico do Sindicato (Avante), Marcos Henriques (PT), Milanez Neto (MDB) e Guga (PP) ressaltaram a importância do tema e dispensaram apoio à bandeira levantada.